54% da população brasileira, os negros são subrepresentados no serviço público, especialmente em cargos da alta gestão e tomada de decisão.
Temos a convicção da urgência de tornar essa pauta mais evidente no setor público e em toda a sociedade. Pois afinal, numa sociedade racista, não basta não ser racista, é preciso ser antirracista. Vamos juntas e juntos?
Representatividade e diversidade importam e geram impactos diretos na qualidade e no acesso aos serviços públicos prestado à população. Só é possível trabalhar pela melhoria do serviço público brasileiro reservando prioridade para o debate racial. Discutir raça e propor soluções governamentais com esse recorte, é o caminho para o combate efetivo das desigualdades.
Médica, Rita Helena
"Profissionais de saúde negros são subjulgados e desvalorizados por conta do racismo estrutural", médica negra carioca desabafa sobre desafios na saúde brasileira.
Biomédico, Eduardo Bezerra
"A questão racial é vital, somos um país onde hierarquicamente nosso poder é branco.", biomédico afroindígena pernambucano afirma sobre as pautas na saúde e governo brasileiro.
Maria Lucia
"Leio muitas mulheres negras, como Sueli Carneiro, para ficar forte, chegar inteira e plena no trabalho." Bisneta de escravizada, Maria Lúcia é funcionária pública negra na linha de frente contra o COVID-19
Sandra Conceição
"Já ouvi que negros não tem perfil pra gestão: e quem tem esse perfil? quem determina?" Questiona Sandra Conceição, pedagoga hospitalar, negra e que atua na saúde em São Paulo.
Acreditamos que transformações acontecem a partir de pessoas.
Por isso, é urgente retratar um serviço público brasileiro representativo e uma agenda de ações propositivas antirracistas. “Onde estão os negros no serviço público?” é a provocação inicial que fazemos para você.
A falta de dados e medidas para o combate da desigualdade racial nos cargos de liderança da gestão pública, reverbera na formulação e execução de políticas públicas. Um governo representativo é o primeiro passo para o combate efetivo das desigualdades.
Esse e-book é um estudo e provocação inicial sobre a temática, uma maneira de reforçar a urgência do debate, evidenciar os dados existentes, apresentar medidas e o mais importante, mostrar que vidas negras importam e o combate ao racismo precisa começar por dentro do Estado.
Fórum
O Fórum “Onde estão os negros no serviço público?” é um convite a refletir o papel do Estado no combate ao racismo. Trazendo para a pauta pública a urgência do debate sobre ações afirmativas e medidas na gestão pública para a garantia da participação efetiva dos negros nos espaços de poder e em todas as esferas do Setor Público.
Profissionais públicos, políticos e intelectuais debatem coletivamente o passado, presente e o futuro das pessoas negras na gestão pública brasileira.
A pluralidade e a diversidade são ricas e efetivas e têm potencial de construir governos melhores. Quando pessoas negras se movimentam, toda a sociedade se movimenta positivamente também.
Essa é uma parceria da Arapyaú, Humanize, Fundação Lemann e República.org
Como podemos impulsionar a diversidade racial nas lideranças do setor público?
Com intuito de ir além do debate e impulsionar o surgimento de iniciativas que gerem equidade no setor público brasileiro, lançamos em novembro de 2020 o Desafio Lideranças Públicas Negras.
O Desafio buscou encontrar iniciativas em todo o país que nos últimos 5 anos tenham promovido a equidade racial, gerando a ampliação da entrada e/ou crescimento profissional de pessoas negras no setor público.
Temos de reforçar que o antirracismo é uma luta de todas e todos. Essa foi uma provocação inicial, para continuamente nos questionarmos e promovermos a equidade racial dentro da gestão pública brasileira.
Foram mais de 12 mil votos para definir as INICIATIVAS VENCEDORAS do Desafio Lideranças Públicas Negras! Conheça cada uma delas:
1º LUGAR: Encontro e Fórum Nacional de Juízas e Juízes Negros (ENAJUN/FONAJURD)
2º LUGAR: Abayomi Juristas Negras
3º LUGAR: Rede MulherAções Neabi-Ufac